Vol. 18 Núm. 18 (2020): Momentum

A imagem escolhida foi Ruptura, Fotografia Celular de Marina Losito

           É com muita alegria que anunciamos outro número da Revista Momentum, do Centro Universitário UNIFAAT.

               

Gostaríamos inicialmente de agradecer à Profa. Rita de Cássia Moura Ribeiro por auxiliar, através de uma atividade com os alunos do terceiro ano do Curso de Artes Visuais, na escolha da imagem da capa desta edição. Participaram desta atividade as alunas Letícia Lombardi, Suelen Destro, Isabel Almeida, Marina Losito e Nathália Brito e o aluno Júlio Reis. A imagem escolhida foi Ruptura, Fotografia Celular de Marina Losito. Às alunas e ao aluno o nosso agradecimento.

 

A Revista Momentum número 18, 2020 inicia com o artigo “Responsabilidade Civil dos Influenciadores Digitais por Vício e por Fato no Produto ou no Serviço” de, Yasmim Pinheiro Alvarez e Elson Araújo Capeto, no qual os autores analisam aspectos da evolução da tecnologia e do crescimento das redes sociais, e como os influenciadores digitais exercem importante papel na formação de opinião dos usuários das plataformas, especialmente em relação à publicidade de produtos e serviços. Nesta perspectiva o artigo pondera acerca da reponsabilidade civil dos influenciadores digitais, sob o espectro da hipossuficiência do consumidor e foram utilizados os métodos indutivo, argumentativo, hermenêutico e hipotético-dedutivo, aliando aspectos filosóficos, sociológicos e comunicativos ao direito das relações de consumo e ao direito civil.

 

            No artigo “A Escola como espaço de formação docente: reflexões a partir de experiências iniciais ocorridas no Programa de Residência Pedagógica”, de Gilvan Elias Pereira e Gabriela de Lima Barbosa, os autores analisam aspectos das práticas de estágio, que possibilitam o diálogo entre teoria e prática, promovendo momentos de reflexão através de uma aproximação com a realidade escolar. Embora consideradas suas fundamentações teóricas, as experiências de estágio expressam inúmeras contradições quando concretizadas no real. Neste trabalho os autores buscaram apreender e analisar algumas destas contradições com base em reflexões realizadas a partir de relatos de estudantes de cursos de Pedagogia, Letras e Artes Visuais sobre suas experiências iniciais ocorridas no Programa de Residência Pedagógica em diferentes escolas de educação básica situadas em Atibaia e região.

            

Em “A luta pela visibilidade LGBTQIA+: experiências do Coletivo Odara em Barbacena – MG”,  Natália Oliveira Dias, Alax Wyllian dos Reis Santos, Ana Luisa Pedrosa Patricio, Vitor Rafael Faria Guedes da Silva e Marli Amélia Lucas de Oliveira relatam a experiência do coletivo Odara do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia na cidade de Barbacena e destacam a importância da ação de um grupo que discuta sobre os direitos e vivências de pessoas LGBTQIA+ em uma instituição de ensino federal, na comunidade externa e em escolas estaduais da região, na tentativa de discutir a LGBTfobia no contexto escolar. O estudo evidenciou a importância da existência e atuação de grupos sociais que questionem a realidade servindo como espaço de fala.

 

Mudanças climáticas, sustentabilidade e direitos humanos: algumas considerações sobre gênero e raça”  de Amasa Ferreira Carvalho, Luana Aparecida Ribeiro Javoni e Sônia Regina da Cal Seixas teve como objetivo identificar a importância dos conceitos de mudanças climáticas, sustentabilidade e direitos humanos, tendo como base as agendas internacionais e os impactos das mudanças climáticas, no recorte de gênero e raça. Diante da urgência da questão climática, as autoras consideram necessário trazer reflexões sobre os impactos nos grupos vulneráveis às mudanças climáticas e para isto, o ODS 5 que trata da igualdade de gênero precisa estar no centro das propostas e projetos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, assim como nas reflexões e trabalhos sobre sustentabilidade e direitos humanos.

           

Em “PERIFERIA PRESENTE! Uma análise crítica do espaço escolar sob o relato de alunos de Franco da Rocha-SP”, Marina Conceição de Oliveira; Pamela Suelen Gama da Cruz e Raphael Lima Cruz, apresentam um artigo fruto de uma pesquisa de campo do grupo “Na Quebrada”, realizado em parceria com o Centro Universitário UNIFAAT e pesquisadoras voluntárias e analisam o contexto escolar da periferia com o objetivo de refletir criticamente as experiências relatadas pelos alunos, bem como refletir sobre políticas públicas. Os dados foram coletados através de um questionário de complemento de frases com o intuito de compreender a percepção dos alunos acerca do espaço físico e espaço subjetivo da Escola Estadual José Parada no bairro periférico Jardim Pretória em Franco da Rocha.

           

No artigo No artigo  “DFH – Escala Sisto: um estudo exploratório sobre a precisão de juízes”, Augusto Rodrigues Dias, Beatriz Patrício de Brito e Carlos Eduardo Bovenzo Filho, o objetivo foi estabelecer a precisão de avaliadores para os itens de pontuação do DFH – Escala Sisto, a partir de juízes sem experiência na avaliação de desenhos da figura humana. A amostra foi composta por 20 indivíduos, de ambos os sexos, com idades variando entre 19 a 51 anos de idade. Os resultados apontaram que os juízes, percentualmente, tenderam a concordar em suas avaliações sem, contudo, atingirem o valor mínimo estabelecido. Os autores concluem que o instrumento é fidedigno sob o ponto de vista da precisão de juízes para a população em questão, bem como existe a possibilidade de que a experiência prévia exerça alguma influência no processo avaliativo.

 

O artigo “Atribuições sociais da arte em contexto periférico” de Júlia Bitencourt Santos e Raphael Cruz Lima buscou ressaltar alguns elementos que demonstram a relevância da arte no contexto periférico, teve como eixo de análise as percepções de jovens, com idade entre 13 e 15 anos, que estudam e residem na periferia de Franco da Rocha (SP) e buscou verificar, através da realização de debates e análise de algumas obras, os processos de interpretação e identificação de adolescentes com a cultura que lhes é apresentada. Os resultados demonstram que a aproximação sociocultural e temática que há entre emissores e receptores das mensagens veiculadas nos campos da literatura marginal e da arte urbana facilita o diálogo entre as partes.

 

Já no artigo “Gestão Integrada da Coleta Seletiva – uma proposta para o município de Bom Jesus dos Perdões”, Viviane Guilhermin Tenório e Tadeu Fabrício Malheiros apresentam aspectos da Política Nacional de Resíduos Sólidos e analisam que o município de Bom Jesus dos Perdões tem dificuldade no cumprimento das diretrizes, ações e metas do Plano Municipal de Gestão Integrada Resíduos Sólidos, especificadamente na coleta seletiva. O trabalho descreve aspectos relevantes para aplicar o benchmarking na gestão da coleta seletiva, o instrumento da pesquisa foi um questionário formulado de acordo com os indicadores de desempenho elaborado para verificar o grau de influência da gestão municipal e suas incorporações nas atividades diárias do município e o método multicritério de apoio à decisão foi utilizado para a escolha do modelo de gestão. A pesquisa aponta as práticas da gestão municipal que podem ser desenvolvidas e aplicadas em Bom Jesus dos Perdões.

 

Em “Os Cybercrimes e a investigação digital: Novos paradigmas para a persecução penal” de Alexandre Rocha Almeida de Moraes, Isabella Tucci Silva e Bruno Santiago trata de um tema bastante atual na esfera penal, já que o uso da internet está presente na maioria das relações humanas. O objetivo do artigo é explicar como são praticados os crimes por meio da internet e sua relação com os crimes já existentes e descritos no Código Penal e a necessidade de desenvolvimento de novos paradigmas de investigação.

 

Encerrando este número da revista o artigo “Aspecto epidemiológico da Febre amarela e Raiva, envolvendo primatas não humanos. Período de 2014 a 2018, região Bragantina/SP” de Julia Gonçalves Bom e Luís Eduardo da Silva Costa teve como objetivo investigar os aspectos epidemiológicos da Febre amarela e da Raiva envolvendo primatas não humanos, nos anos de 2014 a 2018, na região de Bragança Paulista-SP. Para a realização do presente trabalho, foram utilizados questionários aplicados via e-mail, aos serviços de vigilância epidemiológica e de controle de zoonoses dos municípios da região de Bragança Paulista-SP. Os autores ressaltam que a análise dos dados epidemiológicos é muito importante, pois dessa forma o serviço de saúde pública pode antecipar seus movimentos para assim poder proteger a população humana suscetível.

 

Gostaríamos de agradecer uma vez mais pela colaboração de todos para que esta edição da revista fosse concluída, em um momento tão complexo, surpreendente e inesperado como foi o ano de 2020 e esperamos continuar colaborando para a publicação de trabalhos científicos em diversas áreas, que permitem a difusão do conhecimento e da ciência, itens básicos e fundamentais para o desenvolvimento humano.

 

Boa Leitura,

 

Micheli Kowalczuk Machado e João Luiz de Moraes Hoefel (editores)

Publicado: 2020-12-27

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