Práticas na educação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão da literatura

Resumen

Pode-se dizer que historicamente as pessoas com deficiência foram reiteradamente excluídas da sociedade, sendo a inclusão, conceito desenvolvido no final do século XX, um novo paradigma socialmente assumido. Assim, este estudo apresentou como objetivo geral compreender como se configuram as práticas escolares inclusivas de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), descritas nos últimos cinco anos em uma base de dados brasileira. Dois foram os objetivos específicos, a saber: descrever o histórico da inclusão escolar no Brasil e descrever metodologias e práticas escolares inclusivas. Assumiu-se como método uma revisão da literatura com base no levantamento bibliográfico em uma base de dados brasileira, sendo escolhida a base da SciELO, uma biblioteca eletrônica de periódicos científicos brasileiros. A análise contou com um perfil qualitativo, mediante a leitura do material pesquisado. Ao todo, foram analisados sete estudos que contemplavam a inclusão escolar de pessoas com TEA em diversos segmentos de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Superior. Observa-se, nos estudos levantados, um esforço em direção à inclusão voltado ao planejamento, formação de professores, laço social, mediação e uma visão que leva em conta a singularidade de cada criança. A tendência sociointeracionista nas escolas assume protagonismo no cenário brasileiro, mas ela não exclui outras práticas e métodos. Por outro lado, observa-se a prevalência do discurso do modelo biomédico sobre as pessoas com TEA, que enfatiza o diagnóstico e seus sintomas.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; educação inclusiva; história social.