<strong>Alunos “Analfabetos” nos Anos Finais do ensino Fundamental: O que pensam diretores e professores<strong>
Keywords:
Analfabetismo, Níveis de alfabetismo, Professor reflexivoAbstract
A proposta da pesquisa das reflexões relatadas por este artigo não é questionar as estatísticas e os resultados de avaliações diagnósticas, tais como os da Prova Brasil e do Pisa, que apontam a existência de um grande número de estudantes de séries avançadas do Ensino Fundamental que leem e escrevem muito mal, mas ouvir diretores escolares e professores e, assim, problematizar essa questão de modo a questionar quem seria o aluno real que se esconde em tais estatísticas e identificar algumas implicações desse problema para o professor. O pressuposto teórico é o de que ler e escrever são competências que podem ser desenvolvidas em diversos níveis de letramento, de modo que a simples divisão das pessoas em alfabetizadas e analfabetas pode ser uma limitação para se entender a complexidade do processo de aquisição das habilidades necessárias às práticas da escrita e leitura. Os resultados das pesquisas com diretores e professores de Língua Portuguesa de quatro escolas públicas paulistas mostraram que a existência de alunos (de séries avançadas do Ensino Fundamental) em situação de baixíssimo alfabetismo é reconhecida por esses educadores, que, por sua vez, revelam muitas dificuldades diante da situação. O imaginário reflexivo dos educadores pesquisados pode ser resumido em três aspectos: o subjetivo, caracterizado pela desmotivação pessoal; o profissional, pelo reconhecimento do próprio despreparo para lidar com o problema; e o político-social, que se manifesta pelas queixas recorrentes à omissão da família e à falta de apoio governamental. Percebeu-se que o olhar do professor é voltado, quase que sempre, para suas dificuldades diárias expressas nas reclamações de falta de apoio da família e de apoio psicológico ou psicopedagógico, transparecendo, assim, que o professor, subliminarmente,1 Doutor em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Professor da FAAT
clama por ajuda externa, seja de outros profissionais, seja da família e do governo.
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References
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