A dinâmica das áreas de conservação do Brasil e Moçambique: Estudo comparativo da Serra do Japi, Mata Santa Genebra e a Reserva Nacional do Niassa
DOI:
https://doi.org/10.17648/1678-0795.momentum-v1n17-236Palavras-chave:
Conservação. Unidades/Áreas. Modelos. Gestão.Resumo
O objetivo deste artigo é compreender as dinâmicas de conservação da biodiversidade do Brasil e de Moçambique. Especificamente pretende I) caracterizar as três áreas de conservação e a legislação inerente à conservação da biodiversidade em ambos os países; II) comparar os modelos de gestão das três áreas; III) identificar as diferenças e similaridades nessas áreas de conservação. Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa baseou-se na revisão bibliográfica e documental e consubstanciada pelas técnicas de observação direta e diálogo, bem como o registo de imagens fotográficas. Os resultados mostraram a semelhança dos modelos de gestão nessas três áreas, e todas são habitadas, no seu interior e entorno, por população de diferentes classes sociais. Porém, há diferença de contextos em ambos os países. Enquanto a gestão das Unidades de Conservação brasileiras desafia o crescimento urbano, industrialização, privatização de terras, a gestão da Reserva Nacional do Niassa desafia as atividades de extrativismo ambiental (caça ilegal, queimadas descontroladas, mineração ilegal) para autossubsistência, com recurso a meios e técnicas tradicionais e perniciosas ao meio e à integridade dos recursos em conservação.Downloads
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