<strong>Nanopoema Infinitozinho - Relato e Reflexões sobre uma Experiência da Poesia Experimental Brasileira</strong>

Publicado
2017-06-27
Palavras-chave: Poesia, Mídias eletrônicas, Nanotecnologia, Transcriação.

    Autores

  • Giuliano Tosin

Resumo

Este artigo relata a criação do nanopoema “Infinitozinho”, produzido na UNICAMP e no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas. A experiência ganhou destaque no cenário da poesia experimental brasileira, sendo considerado este o primeiro poema manométrico da língua portuguesa. O nanopoema mede alguns milionésimos de milímetro, e é cerca de mil vezes mais fino que um fio de cabelo. A obra é inspirada no poema-objeto homônimo, de Arnaldo Antunes. A experiência fez parte de uma pesquisa teórico-prática de doutorado desenvolvida no Instituto de Artes da UNICAMP, que propôs a realização de transcriações de poemas usando mídias eletrônicas. As transcriações são versões para poemas originais feitas com uso de outra mídia, e que buscam recriá-los a partir da noção de tradução inventiva, citada sobretudo na obra de Augusto e Haroldo de Campos, Roman Jakobson e Julio Plaza. Também fez parte da proposta original da pesquisa transcriar poesia utilizando uma mídia diferenciada, inusitada ou pouco usada, no caso, a nanoescrita. A experiência suscita discussões sobre as relações entre arte, mídia e desenvolvimento tecnológico, e expõe relações intermidiáticas e intersemióticas entre objetos estéticos.

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